sexta-feira, 8 de julho de 2011

Último dia no Chile - 08 de julho de 2011

Hoje o dia prometia, logo cedo fui à vinícola da Undurraga. O lugar é interessantíssimo e o guia não podia ter sido melhor. Era conhecedor de vinhos e muito bem humorado. A visita vale à pena porque, diferente da Concha y Toro, a Undurraga mantém uma boa parte de sua planta produtiva aos moldes do que era na sua criação, no século XIX, com tonéis de cimento, etc.






 Há cinco anos a Família Undurraga já não é mais a dona da vinícola que está nas mãos de um boliviano. Mas tudo é muito interessante por lá, confesso que aprendi várias coisas e, de quebra, ainda comprei uns vinhos e espumante. Oooops! Passei da cota de 6 garrafas por pessoa, e passei bonito. Estou com 3 garrafas a mais que estou tentando dar conta, se é que me entendem.



Teve degustação de vinho com torradas.... uma delícia.




À tarde aproveitei para arrumar malas, fazer uma sauna, relaxar porque é nesta madrugada que estou voltando ao Brasil. Não vejo a hora de falar português, comer comida caseira, dormir na minha cama e ver meus amores.

Foi uma viagem divina, aprendi muitas coisas, vi muitas coisas e agora só me resta pensar na próxima viagem.

Arrivederci!!!! Que venha a Europa.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Santiago - 7 de julho de 2011

A chegada a Santiago foi confusa hoje.... Desembarquei no terminal rodoviário e um taxista veio se oferecendo, até aí, tudo bem. Quando chegamos no hotel a conta foi 13 mil pesos, o equivalente a 50 reais.... Era realmente longe. Dei uma nota de 10mil e três notas de 1mil. Quando fui pegar minhas coisas ele disse: -A corrida deu 13mil, e me  mostrou quatro notas de mil, quer dizer, trocou a minha de dez mil por uma de mil. Aí eu vi que era golpe (aliás já passei por este golpe no Rio) e comecei a dizer que eu estava certa, que ele estava me roubando. Ele trancou as portas do carro e neste momentou eu fiquei com medo. Então disse que ia chamar a polícia. Aí ele disse: -Não.... estou dizendo que você me deu dinheiro a mais... tome mil de volta. Hahahahah... safado! Essa foi por pouco.

Entrei no hotel às 9:00 e me disseram que o check in era só às 13:00hs. Bonito... Pedi para ir ao banheiro e, adivinhem... fiquei presa. Que azar... gritei um tempão até que me ajudaram. O dia definitivamente começou mal. Depois tive que ficar na rua fazendo hora. Só que o comércio não abre antes de 11:00 então fiquei na rua vendo loja fechada. Um programão. Bem, aproveitei para comprar um livro pra Bru e um Neruda para mim. Almocei num restaurante no shopping e voltei ao hotel.


O hotel é realmente um arraso, bom para caramba! Pelo menos isso... Aí aproveitei para tomar um bom banho e descansar um pouco á tarde. Para a noite havia comprado um ingresso para o show da Karen Souza, uma cantora de jazz brasileira que está despontando agora no Brasil. Segue o link.

http://www.karensouza.com/#!videos

Chegando ao Teatro Oriente fui informada de que o show havia sido cancelado porque ela estava na Argentina e não conseguiu embarcar para Santiago, devido às cinzas do vulcão. Fazer o que?
Comi ali por perto e voltei ao hotel para dormir. Amanhã tem vinícola.

Último dia em Puerto Varas - 6 de julho de 2011

Hoje foi meu último dia em Puerto Varas, havia algumas coisas a resolver e cedo peguei um mini bus para Puerto Montt, cidade industrial, sem grandes atrativos, mas com um comércio maior.


Disseram-me que já está sendo comercializado nas vinícolas um protetor para garrafas de vinho inflável, dessa forma poderia colocá-las na mala sem preocupação e sobraria apenas o stress de não me deixarem entrar no Brasil com o vinho. Mas aí não tem jeito, não dá nem para subornar a alfândega com vinhos de R$ 16,00. É verdade que no Brasil estas garrafas são comercializadas a quase cem reais, mas no Chile não têm muito valor. Sequer sei onde mora o perigo, se no aeroporto do Chile ou do Brasil, de toda forma, vou tentar, se forem confiscar, sento-me no aeroporto e, enquanto espero o embarque, coisa de 2 horas, vou saboreando os vinhos chilenos. Já estou até levando umas batatinhas para acompanhar, afinal, nada de beber de estômago vazio....

Bem, voltando a Puerto Montt. O que achei foi um shopping, mas o protetor de garrafas, ninguém nunca ouviu falar, então pensei em, pelo menos, comprar outra mala, para que caibam as coisas pois estou pendurada de sacolas. Nada feito, caras demais, melhor é gastar o dinheiro num bom restaurante, depois penso como fazer. Então comprei umas lembrancinhas para as meninas (mais sacolas) e voltei.

Em Puerto Varas fui almoçar num restaurante indicado pelo gerente do hotel, que o classificou como bom e barato. O nome é “Donde Lo Gordito”, com este nome eu deveria ter desconfiado. O pequenito local era um misto de restaurante com loja de quinquilharia, mas ostentava vários certificados e premiações, então resolvi arriscar. Bem, o fato é que nem a comida era muito boa nem o preço era barato. Mas vamos adiante....


O saldo que fica da estadia em Puerto Varas é..... O lugar é deslumbrante, a natureza ostenta por aqui, no inverno faz muito frio, a melhor casa de câmbio é a Inter, almoçar é em Frutillar, o chuveiro era a ducha higiênica que colocada num suporte dentro do box virava chuveiro, os pedestres podem atravessar na faixa sem olhar, pois os carros sempre param, não há nuvens no céu, o clima é muito seco, pode-se beber água da bica, a cerveja é sempre quente e cara, seja onde for e vende-se vinho em caixa tetra pack.




Agora estou indo para Santiago e lá tenho mais dois dias de urbanidade que pretendo aproveitar ao máximo, pois vai saber quando voltarei a ver os andes? Já soube que está rolando na “Plaza de Armas” mais uma manifestação dos estudantes, o movimento “Beijação pela Educação” e todos estão lá concentrados, beijando seus pares.
Não sei se os chilenos são politizados mas nestes dias os jornais só falam de duas coisas, do “La Roja”, time de futebol chileno pelo qual todos são fanáticos e da manifestação pela educação pública no ensino superior. Este tema ainda vai dar no que falar..... Mas em matéria de música, são cafonas, não tenho ouvido nada que me impressione.

terça-feira, 5 de julho de 2011

5 de julho - Frutillar


Não se pode ganhar todas... hoje o dia amanheceu meio nublado, depois abriu, mas a minha visita à Frutillar, uma cidadezinha com jeitinho de cidade alemã à beira do Lago, não pôde contar com aquele dia colorido pelo sol.
Em compensção foi lá onde comi melhor pelo melhor preço. Ai se eu tivesse conhecido o Clube Alemão antes, teria garantido a minha boa alimentação.


Como o passeio por esta região está acabando e com o passeio, o dinheiro também, estou optando por programas que eu possa pegar o ônibus coletivo. Já me sinto suficientemente familiarizada com o local e hoje foi o que fiz. Peguei um ônibus a Frutillar, vi artesanato, admirei a cidadezinha que é bem charmosa, de colonização alemã, almocei bem e voltei para Puerto Varas. Agora estou desacelerando...


Bem, esse foi o dia....
Estou com várias garrafas de vinho para levar, é só passar na porta de um supermercado que a curiosidade me impede de seguir adiante e entro para ver o que há por aqui que não há no Rio. Mas li num site de vinhos que sair daqui com vinho é impossível, IAC! Se alguém souber me dizer se é verdade, avise-me, preciso começar a beber este vinho todo.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

4 de julho - Visita ao Vulcão Osorno

Hoje foi um dia especial! Primeira vez na vida que vi neve. Nunca havia visto, senão em fotos, nunca havia sentido.... confesso ter pensado que a emoção fosse maior, mas a primeira vez é sempre a primeira vez, pro bem e pro mal.

Este é o caminho que faço para ir à cidade todos os dias. A vista dos dois vulcões ao fundo é um bálsamo nas manhãs gélidas de Puerto Varas. Todos os dias todos dizem que este é um período de sorte pois desde sábado não chove, os dias têm sido lindos, o que não é usual por aqui. Segundo os especialistas, 220 dias por ano são de chuvas nesta região. Melhor assim.... a natureza me deu uma trégua e tenho aproveitado cada minuto para conhecer os locais.




A atividade industrial local é o cultivo do salmão. O cultivo do salmão é muito peculiar, ele é um peixe que nasce em águas doces e que depois migra para o mar, onde deve passar 2 anos até atingir o tamanho ideal. Aqui no Chile a desova dos salmões ocorre no cativeiro, em tanques de empresas produtoras de salmão, onde devem permanecer por 6 meses. Após este período eles vão para os lagos andinos, dentre eles o lago de Puerto Varas, e ficam em pequenas gaiolas onde devem permanecer por mais 6 meses. Após este período as empresas transportam, em caminhões tanques, os salmões para o mar, onde devem ficar por mais 2 anos em gaiolas até atingirem o tamanho adequado, em média 5kg. Além desta atividade econômica, tem também os produtores de leite, há muita criação de gado holandês no local. Esta região é a maior fornecedora de leite e derivados para todo o Chile.

Bem, vamos ao vulcão.

Abaixo as fotos do Vulcão Osorno e sua pista de esqui.



E torcer para o vulcão não entrar em atividade neste exato momento.... Olha a conjunção de vulcão, neve e lago...


Bem, no fim do dia, fui jantar uma massa, para recobrar as energias.


domingo, 3 de julho de 2011

3 de julho - Passeio à Peulla

O passeio de hoje foi belíssimo! Saí cedo, junto com um grupo e fomos ver os Saltos do Rio Petrohué e Peulla, uma pequena vila ecológica no Lago de Todos os Santos, mais conhecido como Lago das Esmeraldas por causa de sua cor verde turquesa.

Saída de Puerto Varas com o Lago LLanquihe saindo fumaça por causa do frio. Fazia -1 grau.



As águas que descem das geleiras das Cordilheiras formam o Lago Esmeralda que irá desembocar no Lago principal, o Llanquihe, aos pés do Vulcão Osorno. O caminho que estas verdes águas fazem é ponto turístico e chama-se os Saltos do Rio Petrohué.






Depois desta visita emocionante, de águas gélidas e revoltas, fomos de catamaran pelo Lago Esmeralda até a Ilha de Peulla, uma ilha com 120 habitantes, cuja única atividade comercial é um hotel. O catamaran vai margeando a Cordilheira dos Andes com todos os vulcões que têm à sua volta. É o Osorno (2.652m de altura), o Puntiagudo (2.490m de altura) e o Cabulco (2.050m altura), que teve sua última erupção em 1960 quando houve o maior terremoto da história (9.6 escala richter).





A ilha Peulla....


No caminho também foi possível ver as cinzas do vulcão Puyehue, que tem causado grande estrago pelo mundo.



Retornamos à Puerto Varas, cidade charmosa do Norte da Patagônia e vim descansar e falar com as pessoas queridas pelo Skype, assim as saudades ficam mais amenas. Consegui finalmente falar com a Gabi e com a Bru que está de cabelo novo. Aproveitei para ver minha mãe e Marco Aurélio.